P.S.:- Esta crônica, em homenagem a bailarina Aixa Carretero, foi escrita num guardanapo de papel no Restaurante La Taberna (uma casa de shows imperdível), durante a festa em honra do aniversario de Eduardo Murta, nosso companheiro de sonhos e quimeras aqui no HOJE EM DIA Domingo 27/09/1998
CRÔNICA DA BAILARINA
Quero a alma da bailarina
e o que nela fascina
quero seu dançar
para meu estresse curar
quero seu olhar
para a escuridão clarear
quero a luz que tudo ilumina
que vem da bailarina
Senhor Deus dos cronistas desamparados!
Cortai minha Água
meu vinho
meu pão
meu grito de gol
minha ilusão
e tudo que e paixão
cortai o samba que canta
dentro de meu peito
(o que não e defeito)
cortai esta alegria
que vem ao meio dia
em todo dia.
Mas olhai pela bailarina
com seu ar de menina
para que dançando
um milagre ela vai operando
e enquanto dure sua dança
cresça a esperança
no agitar de sua trança
e venha a bonança
para o Brasil, amem.
Quero a bailarina
que dançar e sua sina
dançando na lua
e, entre arvores, na rua
quero escrever na lua
o nome da bailarina
Aixa Carretero
que e quase uma menina
quero plantar na rua
uma flor com o nome da bailarina
Aixa Carretero.
Mal amados do meu país: acreditai
no amor, que quando Aixa Carretero dança, quem espera a felicidade sempre alcança.
Desesperados do meu país: guardai vosso desespero que quando Aixa Carretero dança rima com a esperança.
Sem terra do meu país, marchai sem desanimo, porque quando Aixa Carretero dança entre as magias que provoca, faz-se a reforma agraria no Brasil
Quero da bailarina
mais que a sina
mais que o ar de menina
e a luz que todo ilumina
a vontade de ser feliz
que dançando ela nos da
para repartir irmamente
calorosamente
alucinadamente
com o povo do Brasil no meio de um aviso: a esperança e uma bailarina
Roberto Drummond
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